domingo, 17 de fevereiro de 2013

Esmera 2. Primorius


Falando em novidades para 2013...
A sequencia de Esmera, Primorius, nos leva novamente a batalha desse mundo para torna-se livre da Tirania. A instável paz cai em desgraça quando os sete demônios marcados assumem o poder. A fé se torna um crime, e a "Tenebras" ,o credo das feiticeiras das almas, é a nova lei. Abigor, ainda líder dos sete demônios marcados, junto a Sollevora, a feiticeira de Ossos,caça o povo como alimento para grandes sacrifícios em busca da essência negra (Tenebras), para concluir o que começou quando os deuses lhe aprisionaram. Desfazer o véu, e tornar um, os dois mundos.Assim estará a um passo de tornar-se,finalmente,um Deus.
Havia um porem, a herdeira exsanguinea de Eliotar (um dos deuses criadores, e seu maior inimigo) que poderia por fim a seus objetivos.Ela havia matado Gorgon, e se não fosse Seu Irmão demônio deixar em terra um descendente (Pyro) o pacto dos sete estaria desfeito, e os demônios marcados, tornariam-se fantasmas fadados a vagar pelo mundo. Com o receio de seu retorno, e sabendo que não poderia mata-la,ou isso o consumiria, Decretou que as  feiticeiras das Almas deveriam eliminar todas as estrelas do céu. E evitar que um portal fosse aberto, para que Anika a Herdeira do império da água,retornasse a Esmera.
Pyro (filho de Gorgon) e Erick(líder da guarda dos nove) descobrem o quanto precisam da imperatriz , e arriscam suas vidas para roubar a estrela e buscar Anika no mundo humano. Mas terão que arriscar mais que suas vidas ao usar de Magia negra, já que o véu tornou-se denso com o sangue de inocentes,e o mundo humano,cada vez mais mortal a qualquer ser magico sem um coração puro.





Previa do Primeiro Capitulo

(...) Um dia,qual  não passava de lembrança distante, Erick chorou por sua irmã sobre esse mesmo mármore . Agora a pedra pálida  outrora polida , estava pintada com o sangue seco,onde fora o altar de um dos muitos sacrifícios de Sollevora.  As sacerdotisas que sobreviveram ao massacre das feiticeiras, não quiseram detalhar esse macabro ritual.
 "Uma sacerdotisa não deve saber ou pronunciar esse ato. É magia podre, precisa corroer sua alma para possuir... Mas dizia o mestre do templo, o sangue da vida prepara os mortos"
Ninguem insistiu no assunto. Ninguem queria saber a verdade. Mas em seu amago o sangue borbulhava ao ver o cemitério outrora límpido, reluzente ao por do sol ,agora encoberto pela destruição.
Com crescente amargura, sentimento cotidiano nos últimos anos,ele lançou um olhar para a Torre de Sollevora. Queria por suas próprias mãos naquela bruxa.
O palacete de pedra ,encoberto de limo e sangue, erguia-se no céu escuro. Desde sua ascensão  não havia mais sol,estrelas ou céu. Eram sempre as mesmas expeças e carregadas nuvens de cinzas.  A torre, construída no centro do cemitério da grande guerra, fora cercada com uma floresta de espinhos de vidro. Não poderia ser escalada,sem envenenar-se. Erick já vira os efeitos do veneno de vidro. O corpo escurecia e a pele deteriorava-se em decomposição.  Não demorava um dia para o veneno levar seu corpo e seu juizo. Mas seu maior desafio,não encontrava-se no como chegaria ao topo, agora apenas um ponto iluminado no alto da noite.Seu problema era a guarda pessoal de Sollevora.
 A Bruxa mantinha-se  constantemente ladeada por cães das sombras,Putris como eram chamados. Monstros negros com seis olhos vermelhos em seus rostos alongados,sem focinhos  e uma boca coberta de dentes serrilhados.Sedentos por sangue,circulavam em guarda o cemitério, agora amaldiçoado, farejando o medo,e obrigando-o a manter o coração em tranquilidade,quando sua razão implorava por desistência  e uma fuga limpa.Não sentia medo,mas repugnância  Sabia que cada um deles era feito com o coração de uma criança, mergulhado em sangue de dragão, e ofertado ás trevas do abismo das almas. Nascendo esse emaranhado de dor e sofrimento.Desde que fora abocanhado por um deles, e sentira na pele  por duas semanas  a dor da menina que tivera o coração arrancado, e estava com sua alma presa ao cão, não conseguia encara-los sem sentir o frio na espinha, e o suor gélido lhe corroer o corpo.
Erick contornou a lapide com passos silenciosos, a medida que um deles passava entre as ruínas ,em sua direção.Ele já sabia cada  movimento das Feras.Planejara esse momento por semanas a fio. Não dormira ou comera por dias,na expectativa de estar no lugar certo, na hora certa.
Sem conter,arfou com o cheiro podre que o cão deixou ao passar, e olhou apreensivo para o parceiro não muito longe.
Um olhar por sobre a lapide foi suficiente para ver Pyro, estático agachado de encontro a uma estatua, seguindo em silencio os olhos, os passos da besta que se afastava. Em reflexo, o companheiro lhe retribuiu o olhar, despejando em um aceno positivo, toda a confiança que conseguia demonstrar. Eles estavam prontos.
Ou o máximo possível para invadirem a fortaleza de Sollevora e roubar a estrela para uma Kikaram. Seu estomago revirou em nervosismo. Depois de tanto tempo, veria Anika novamente, e essa ideia, lhe apavorava tanto quanto enfrentar os cães da Bruxa de Ossos. Eles a buscariam no mundo humano, e novamente, iriam á guerra.



 *Imagens postadas são meras ilustrações alheias para complemento do texto. Não dizem respeito direto a historia,ou as produções do autor.*





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