
A sequencia de Esmera, Primorius, nos leva novamente a batalha desse mundo para torna-se livre da Tirania. A instável paz cai em desgraça quando os sete demônios marcados assumem o poder. A fé se torna um crime, e a "Tenebras" ,o credo das feiticeiras das almas, é a nova lei. Abigor, ainda líder dos sete demônios marcados, junto a Sollevora, a feiticeira de Ossos,caça o povo como alimento para grandes sacrifícios em busca da essência negra (Tenebras), para concluir o que começou quando os deuses lhe aprisionaram. Desfazer o véu, e tornar um, os dois mundos.Assim estará a um passo de tornar-se,finalmente,um Deus.
Havia um porem, a herdeira exsanguinea de Eliotar (um dos deuses criadores, e seu maior inimigo) que poderia por fim a seus objetivos.Ela havia matado Gorgon, e se não fosse Seu Irmão demônio deixar em terra um descendente (Pyro) o pacto dos sete estaria desfeito, e os demônios marcados, tornariam-se fantasmas fadados a vagar pelo mundo. Com o receio de seu retorno, e sabendo que não poderia mata-la,ou isso o consumiria, Decretou que as feiticeiras das Almas deveriam eliminar todas as estrelas do céu. E evitar que um portal fosse aberto, para que Anika a Herdeira do império da água,retornasse a Esmera.

Previa do Primeiro Capitulo
(...) Um dia,qual não passava de lembrança distante, Erick chorou por sua irmã sobre esse mesmo mármore . Agora a pedra pálida outrora polida , estava pintada com o sangue seco,onde fora o altar de um dos muitos sacrifícios de Sollevora. As sacerdotisas que sobreviveram ao massacre das feiticeiras, não quiseram detalhar esse macabro ritual.
"Uma sacerdotisa não deve saber ou pronunciar esse ato. É magia podre, precisa corroer sua alma para possuir... Mas dizia o mestre do templo, o sangue da vida prepara os mortos"
Ninguem insistiu no assunto. Ninguem queria saber a verdade. Mas em seu amago o sangue borbulhava ao ver o cemitério outrora límpido, reluzente ao por do sol ,agora encoberto pela destruição.
Com crescente amargura, sentimento cotidiano nos últimos anos,ele lançou um olhar para a Torre de Sollevora. Queria por suas próprias mãos naquela bruxa.
O palacete de pedra ,encoberto de limo e sangue, erguia-se no céu escuro. Desde sua ascensão não havia mais sol,estrelas ou céu. Eram sempre as mesmas expeças e carregadas nuvens de cinzas. A torre, construída no centro do cemitério da grande guerra, fora cercada com uma floresta de espinhos de vidro. Não poderia ser escalada,sem envenenar-se. Erick já vira os efeitos do veneno de vidro. O corpo escurecia e a pele deteriorava-se em decomposição. Não demorava um dia para o veneno levar seu corpo e seu juizo. Mas seu maior desafio,não encontrava-se no como chegaria ao topo, agora apenas um ponto iluminado no alto da noite.Seu problema era a guarda pessoal de Sollevora.

Erick contornou a lapide com passos silenciosos, a medida que um deles passava entre as ruínas ,em sua direção.Ele já sabia cada movimento das Feras.Planejara esse momento por semanas a fio. Não dormira ou comera por dias,na expectativa de estar no lugar certo, na hora certa.
Sem conter,arfou com o cheiro podre que o cão deixou ao passar, e olhou apreensivo para o parceiro não muito longe.
Um olhar por sobre a lapide foi suficiente para ver Pyro, estático agachado de encontro a uma estatua, seguindo em silencio os olhos, os passos da besta que se afastava. Em reflexo, o companheiro lhe retribuiu o olhar, despejando em um aceno positivo, toda a confiança que conseguia demonstrar. Eles estavam prontos.
Ou o máximo possível para invadirem a fortaleza de Sollevora e roubar a estrela para uma Kikaram. Seu estomago revirou em nervosismo. Depois de tanto tempo, veria Anika novamente, e essa ideia, lhe apavorava tanto quanto enfrentar os cães da Bruxa de Ossos. Eles a buscariam no mundo humano, e novamente, iriam á guerra.
*Imagens postadas são meras ilustrações alheias para complemento do texto. Não dizem respeito direto a historia,ou as produções do autor.*
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